terça-feira, 5 de junho de 2012

Mensagens psicografadas nos centros


Escrito por Victor Rebelo
Solidão. Dor. Um terrível sentimento de perda. Depressão. Falta de ânimo para continuar a viver. Esses são apenas alguns dos sintomas que se apresentam naqueles que “perderam” uma pessoa muito querida. Amor ou apego doentio? Quem de nós poderá julgar com clareza os dramas e conflitos da alma humana?
Diante desse fato a que todos nós seremos chamados a vivenciar algum dia, a doutrina espírita oferece um verdadeiro manancial de luz. Apresenta explicações lógicas e fundamentadas sobre a vida após a morte e a reencarnação; acompanha as exortações evangélicas quando nos recomenda amarmos a humanidade inteira como nossa família e ainda nos abre a possibilidade real de recebermos alguma mensagem do além, através das chamadas comunicações mediúnicas, como a psicografia e a psicofonia (incorporação).
A questão que quero levantar é: O centro espírita deve oferecer este tipo de atendimento? Para mim, este tipo de trabalho é muito positivo, mas também pode se tornar negativo. Analisemos ambos os lados.
O aspecto positivo é que, além de oferecer consolo, as famosas mensagens psicografadas têm o poder de despertar a atenção de muitas pessoas, que passam, em um segundo momento, a se interessar em estudar a doutrina espírita.
É importante percebermos também que as mensagens de consolo quase sempre fazem um trabalho de desobsessão, pois muitos pais que perderam seus filhos se tornam, inconscientemente, verdadeiros assediadores ou vampiros energéticos, devido ao sofrimento pelo qual passam, impedindo o refazimento daqueles que partiram para o plano espiritual.
Quanto aos aspectos negativos, se o médium não possui estrutura moral e espiritual para essa tarefa, vemos o desabrochar daquilo que Kardec chamou de fascinação até as mais terríveis obsessões. Vaidade, melindres, ganância, competição, etc.
Com relação àqueles que vão atrás das psicografias, muitos acabam desenvolvendo um apego doentio às mensagens, “correndo de centro em centro” atrás de mais notícias que nunca os satisfazem. Esquecem-se de que a mente e o coração são os meios mais elevados e diretos para entrarmos em contato com os espíritos. Por tudo isso, cada diretoria de centro espírita deve refletir muito se deve desenvolver este tipo de atendimento em sua casa, se tem estrutura moral e mediúnica suficientes.
Agora, que é importante e necessário este tipo de atendimento em nosso meio, com certeza ainda é. Faz parte do nosso estado evolutivo, caso contrário, nosso querido Chico Xavier não teria dedicado tantos anos confortando o coração daqueles que encontram dificuldade em lidar com a perda de um ente querido.
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Gerentes de Evangelho no Lar