TENHAMOS COMPAIXÃO
Se a compaixão te inspira a conduta
diária, todo o clima da experiência se te ilumina ao redor dos próprios
passos.
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A malícia, diante da piedade, silencia
desencantada, sem destruir a plantação da esperança.
A tibieza, à frente da compreensão,
buscará renovar-se, transformando-se na fortaleza moral com que amanhã se
fará
o sólido alicerce da segurança de muitos.
A falta de alguém, perante a bondade
com que se lhe apare o golpe, converte-se em lição promissora, em favor
daquele
que a perpetra, porque os erros que recebem o socorro espontâneo da caridade se
fazem advertências e
corretivos,
reajustando o caminho de quantos lhes albergam a sombra.
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O próprio delito, diante da oração,
surge metamorfoseado em arrependimento reconstrutivo nas consciências que
se
enlearam nas malhas da culpa.
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Se tiveres compaixão, serás amparo em
qualquer necessidade alheia à feição de alavanca deluz soerguendo a vida
por
onde passes.
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Muitos se comovem com o doente do
corpo, caído por alguns instantes na praça pública, entretanto, se revelam
impassíveis,
quando se trata de estender o fogo da incompreensão no qual se torturam vidas
preciosas.
-o-
Muitos se alarmam com os desastres da
rua, em que vítimas infortunadas deitam sangue e suor, através das
feridas
provisórias que lhes assaltam o corpo, no entanto, não se pejam de agravar os
problemas dos outros pelo
rigor
da atitude ou do verbo com que avinagram corações amigos e flagelam almas
nobres, situando-as em frustração, às
vezes,
até a morte.
-o-
Usa para o próximo, a compaixão que
Jesus tem usado largamente para conosco, porque somente assim
respiraremos
no clima do grande perdão recíproco, sem o qual jamais atingiremos a verdadeira
felicidade.
(De
”Neste instante”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito
Emmanuel)