quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tenhamos Compaixão





TENHAMOS COMPAIXÃO
Se a compaixão te inspira a conduta diária, todo o clima da experiência se te ilumina ao redor dos próprios passos.
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A malícia, diante da piedade, silencia desencantada, sem destruir a plantação da esperança.
A tibieza, à frente da compreensão, buscará renovar-se, transformando-se na fortaleza moral com que amanhã se
fará o sólido alicerce da segurança de muitos.
A falta de alguém, perante a bondade com que se lhe apare o golpe, converte-se em lição promissora, em favor
daquele que a perpetra, porque os erros que recebem o socorro espontâneo da caridade se fazem advertências e
corretivos, reajustando o caminho de quantos lhes albergam a sombra.
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O próprio delito, diante da oração, surge metamorfoseado em arrependimento reconstrutivo nas consciências que
se enlearam nas malhas da culpa.
-o-
Se tiveres compaixão, serás amparo em qualquer necessidade alheia à feição de alavanca deluz soerguendo a vida
por onde passes.
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Muitos se comovem com o doente do corpo, caído por alguns instantes na praça pública, entretanto, se revelam
impassíveis, quando se trata de estender o fogo da incompreensão no qual se torturam vidas preciosas.
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Muitos se alarmam com os desastres da rua, em que vítimas infortunadas deitam sangue e suor, através das
feridas provisórias que lhes assaltam o corpo, no entanto, não se pejam de agravar os problemas dos outros pelo
rigor da atitude ou do verbo com que avinagram corações amigos e flagelam almas nobres, situando-as em frustração, às
vezes, até a morte.
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Usa para o próximo, a compaixão que Jesus tem usado largamente para conosco, porque somente assim
respiraremos no clima do grande perdão recíproco, sem o qual jamais atingiremos a verdadeira felicidade.
(De ”Neste instante”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)