Quando tinha treze
anos, Severino saiu de Olho D'água Seco, no sertão de Pernambuco, para
morar com um tio na capital, Recife.
Certo dia perdeu-se na
cidade grande. Sem saber ler, não conseguia encontrar o caminho de volta olhando
as placas e o nome das ruas. Era como se fosse cego, diz.
Quando, afinal, achou o
endereço, pediu ao tio para lhe comprar uma cartilha de alfabetização. Sozinho,
aprendeu a ler e a escrever. Um ano depois, voltou ao sertão e tratou de ensinar
o que sabia à irmã.
Não era muito, mas era
o bastante. Depois, improvisou uma escolinha para alfabetizar outros moradores.
Já tinha ensinado duzentas e trinta e uma pessoas a ler quando deixou
Pernambuco, há vinte e quatro anos, por uma vida melhor em São
Paulo.
Durante a viagem,
ensinou mais doze conterrâneos a assinar o próprio nome.
Gosto de
passar adiante tudo o que aprendo. Não vou levar nada para o caixão. Então tenho
de compartilhar o que sei com quem precisa, senão esse conhecimento morre
comigo, conta ele.
* * *
Estamos acostumados a
reconhecer a generosidade em gestos grandiosos como o de Bill Gates, fundador da
Microsoft e um dos homens mais ricos do planeta, que doou vinte e nove bilhões
de dólares à instituição de combate à pobreza que fundou com a mulher,
Melinda.
Mas a história de
Severino não deixa dúvida de que a generosidade pode ser praticada mesmo por
quem tem pouco ou quase nada - e de várias formas, muito além de dar bens que
sobram.
Alguns exemplos são:
Antônio, um desembargador de justiça, que conta histórias para crianças num
hospital. Élcio, que incentiva a solidariedade na empresa que lidera, e ajudou a
fazer dela um dos melhores lugares do mundo para trabalhar.
Juliana e Marina, que
fazem as pessoas rir sem pedir nada em troca.
Danielle, que aos
sessenta e três anos, ajuda milhares de deficientes visuais a ter acesso a
livros.
Todos podemos ser
generosos, e se desejamos realmente um mundo melhor, começar pela benevolência
nas pequenas coisas, nos gestos singelos, é fundamental.
Em O Livro
dos Espíritos, encontramos a Espiritualidade respondendo que o
verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus é:
Benevolência para
com todos, indulgência com as imperfeições alheias e perdão das
ofensas.
Assim, percebemos que,
no coração generoso, benevolente, está a essência da caridade como nos ensinou o
Mestre.
* * *
Você já foi generoso
hoje?
Proponha a você mesmo
este desafio. Faça este convite. Pratique um ato, pequeno que seja, de
generosidade, no dia de hoje e veja os resultados.
Não o resultado do
reconhecimento - pois ele quase sempre não vem, e não deve ser nosso foco - mas
o resultado em sua alma, em sua alegria interior.
Não há quem resista ao
poder sedutor da benevolência. Sempre saímos diferentes, mais leves, mais
felizes.
Dê do pouco que tem,
mas dê. Não é necessário ter muito para dar. Dar-se é, certamente, muito mais
valioso do que dar coisas.
Doe-se ao outro. Doe-se
ao mundo. Doe sua vida ao amor e ganhe a felicidade tão sonhada!
Redação do Momento
Espírita com base em artigo da revista Sorria, v.1, de março/abril de 2008, e no
item 886, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec,
ed .Feb.
Em
30.05.2012
* * *
Com esta mensagem eletrônica
seguem
muitas vibrações de paz e amor
para
você---------