A VISÃO ESPÍRITA DAS ALMAS
GÊMEAS
Mas
a grande dúvida permanece: nossa alma gêmea realmente existe, ou será apenas um
sonho, fruto da imaginação dos mais românticos?
A
crença na alma gêmea vem desde a antiguidade. Uma lenda conta que, Deus, no
processo de criação do mundo, uniu homens e mulheres em um só corpo (a Bíblia
diz que a mulher foi criada a partir da costela de Adão), mas após a queda do
Paraíso os seres humanos teriam se distanciado do Criador. Assim, a união foi
interrompida, dando origem ao sexo oposto. Desde então, homem e mulher passaram
a buscar sua outra metade para se sentirem plenos novamente.
A
explicação bíblica é mitológica e está carregada de informações profundas, que
se não forem corretamente interpretadas podem dar a ideia de algo fantasioso.
Na
psicologia junguiana, que leva em conta a linguagem simbólica, o termo alma
gêmea simboliza o arquétipo da afetividade. Alguns psicólogos explicam que, com
o tempo, os conceitos evoluíram e o príncipe encantado que chegaria montado em
um cavalo branco foi substituído por uma pessoa que se identifique com os ideais
do outro, a chamada cara metade ou o companheiro ideal.
Já
a ficção alimenta a fantasia das pessoas e, muitas vezes, foge da realidade.
Portanto, precisamos ficar atentos para a mensagem que está sendo passada ao
público sobre certos conceitos.
O
Espiritismo esclarece que não existem dois espíritos criados um exclusivamente
para o outro, mas que podem ter em comum os mesmos interesses e afinidades. O
espírito imortal poderá encontrar em sua trajetória evolutiva muitos espíritos
afins. Essa busca pelo grande amor significa a aspiração da alma pela felicidade
completa.
A
pergunta 386 de O Livro dos Espíritos explica que duas pessoas que se conheceram
e se estimaram em vidas anteriores não se reconhecem, como muitos acreditam;
apenas se sentem atraídos um para o outro. Isso acontece porque as recordações
das existências passadas trariam grandes inconvenientes; mas é claro que existem
raras exceções.
Essas
questões nos levam a uma reflexão: como aprender a conviver e aceitar as
diferenças, mesmo quando há uma grande afinidade entre os espíritos afins,
afinal, cada qual trilha um caminho na jornada evolutiva.
Escrito por Victor Rebelo
http://www.rcespiritismo.com.br
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