Estudando a Riqueza
Não é somente o Rico da Parábola o grande devedor diante da vida.
A fortuna amoedada é, por vezes, simples cárcere.
Há outros avarentos que devemos recordar em nossa viagem para a Luz Maior.
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Temos conosco, os sovinas da inteligência, que se
ocultam nas floridas trincheiras da inércia; os abastados da saúde que
desamparam os aflitos e os doentes; os privilegiados da alegria que
cerram as portas aos tristes, isolando-se no oásis de prazer; os felizes
da fé que procuram a solidão, a pretexto de se preservarem contra o
pecado; os expoentes da mocidade que menosprezam a velhice; os
favorecidos da família terrestre, que olvidam os andarilhos da penúria
que vagueiam sem lar.
Todos esses ricos da experiência comum contraem pesados débitos para com a Humanidade.
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Lembremo-nos de que o Tesouro Real da Vida está em nosso coração.
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Quem não pode doar algo de si mesmo, na boa vontade, no
sorriso fraterno ou na palavra sincera de bondade e encorajamento,
debalde estenderá as mãos recheadas de ouro, porque só o amor abre as
portas da plenitude espiritual e semeia na Terra a luz da verdadeira
caridade, que extingue o mal e dissipa as trevas.
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A pobreza é mera ficção.
Todos temos algo.
Todos podemos auxiliar.
Todos podemos servir.
E, consoante a palavra do Mestre, "o maior na vida será sempre aquele que se fizer o devotado servidor de todos."
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 3.