NA SEARA
DE
CRISTO
Realmente, a mediunidade, em maior ou
menor grau, reside em nós todos, — sejamos nós cultivadores da verdade,
encarnados ou desencarnados, — entretanto, muitos companheiros alistados para a
marcha renovadora do progresso espiritual, acusam-se inaptos, na construção do
bem, por não possuírem desenvolvimento mediúnico mais
amplo.
Existem, todavia, vastas fieiras de
obrigações a serem cumpridas, fora dos labores mediúnicos propriamente
considerados.
No exame de semelhante assertiva,
vejamos algumas de nossas atitudes negativas para que nos seja possível avaliar
o acervo imenso de tarefas a que nos cabe atender.
Na condição de espíritas, — estejamos ou
não atrelados ao carro físico, — muito frequentemente perpetramos erros
clamorosos, como sejam:
colocar Jesus em nossas palavras e não
em nossas vidas;
desertar da
evangelização;
não dar importância à vida
espiritual;
desdenhar a prece;
recusar o estudo;
nunca encontrar tempo para as boas
obras;
não praticar todo o bem de que sejamos
capazes;
cair na indisciplina, a pretexto de
esposar uma doutrina de livre pensamento e fé raciocinada;
deixar de considerar todas as criaturas
como sendo criaturas irmãs perante Deus;
não partilhar os sofrimentos dos
semelhantes, embora respeitando-lhes sempre a maneira de vida e o modo de
ser;
cultivar
desafetos;
embrenhar-se na autodeterminação,
desprezando os preceitos evangélicos que proclamamos
respeitar;
não assumir responsabilidade, diante do
bem de todos, atendendo a temores e preconceitos.
Fácil verificar que nem só de
mediunidade se alimenta a edificação de Jesus, na Casa Terrestre. Mais que isso,
a obra do auxílio e educação para a vitória do Cristo de Deus é inimaginável na
grandeza e complexidade com que se apresenta.
Não permaneças à
margem.
Tomemos posse do nosso privilégio de
aprender e servir.
(De “No portal
da luz”, de Francisco Cândido Xavier – Espírito de
Emmanuel)