Efetivamente, muitos são os
problemas que nos assediam a existência. Dificuldades que não se esperam,
tribulações que nos espancam mentalmente de imprevisto, sofrimentos que se
instalam conosco sem que lhes possamos calcular a duração, desajustes que valem
por dolorosos constrangimentos.
Se aspiras a obter solução adequada
às provas que te firam, não te guies pela rota do
desespero.
Tens contigo uma chave bendita, a
chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência. Perante quaisquer
tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a
equação de harmonia e segurança a que se pretendes
chegar.
Nada perderás, deixando falar alguém
com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te
diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em coisa alguma te
prejudicarás abraçando o silêncio de conceitos deprimentes que te sejam
desfechados; não sofrerás prejuízo em te calando nesta ou naquela questão que
diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais;
grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com
que aceites desprestígios ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao
invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a
simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, a
benefício dos outros.
Efetuemos os investimentos valiosos
de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através de
pequenos gestos de tolerância e bondade, e o programa de trabalho a que a vida
nos dedique ganhará absoluta eficiência de execução.
Seja na vida particular ou portas a
dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social
em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira do ressentimento
ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues à
irritação.
Tenta a
humildade.
Emmanuel / Chico Xavier – “Mãos
unidas” - 17