SUPERCULTURA
Emmanuel
“ Graças te rendo, ó Pai, senhor dos Céus e
da Terra, que por haveres ocultado estas cousas aos doutos e aos prudentes e por
as teres revelado aos simples e pequeninos!” JESUS — MATEUS, II:
25.
“ Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do
Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.” — Cap. VII, 12.
Alfabetizar e instruir sempre.
Se escola, a Humanidade se embaraçaria na selva, no entanto, é imperioso lembrar que as maiores calamidades da guerra procedem dos louros
da inteligência sem educação espiritual.
A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu até hoje, frenar o poder das trevas.
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A supercultura monumentalizou cidades imponentes e estabeleceu os engenhos que as arrasaram.
Levantou embarcações que se alteiam como sendo palácios flutuantes e criou o torpedo que as põe a pique.
Estruturou asas metálicas poderosas que, em tempo breve, transportam o homem, através de todos os continentes e aprumou o bombardeiro
que lhe destrói a casa.
Articulou máquinas que patrocinam o bem-estar no reduto doméstico e não impede a obsessão que, comumente, decorre do ócio demasiado.
Organizou hospitais eficientes e, de quando a quando, lhe superlota as mínimas dependências com os mutilados e feridos, enfileirados
por ela própria, nas lutas do extermínio.
Alçou a cirurgia às inesperadas culminâncias e aprimorou as técnicas do aborto.
E, ainda agora, realiza incursões a pleno espaço, nos albores da astronáutica, e examina do alto os processos mais seguros de efetuar
aniquilamentos em massa pelo foguete balístico.
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Iluminemos o raciocínio sem descurar o sentimento.
Burilemos o sentimento sem desprezar o raciocínio.
O Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é universidade da alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por excelência, nos
ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama a luz da felicidade sem o óleo do coração.
Emmanuel
Do “Livro da
Esperança”
Psicografia de Francisco Cândido
Xavier