Trabalho e Paciência
Em
todas as situações da vida: trabalho e paciência.
O
trabalho santificando nossos atos e a paciência revelando nossos
sentimentos.
Diante
da enfermidade pertinaz: trabalho e persistência.
O
trabalho granjeia méritos redentores e a paciência coloca o sinete da
autenticidade em nossas resoluções.
Face
à ingratidão de amigos devotados que nos não compreendem as aspirações
santificantes do serviço: trabalho e paciência.
O
trabalho conceder-nos-á o atestado inequívoco dos propósitos superiores e a
paciência falar-nos-á mais alto sobre as nossas legítimas
aspirações.
Considerando
os propósitos malévolos que a invigilância esparze ante os nossos pés:
trabalho e paciência.
O
trabalho modifica a face negativa das coisas e a paciência, semelhante à lixívia
do tempo, aprimora contornos e arranca da estátua o ideal de
vida.
Sob
a chuva da amargura ou o fel da incompreensão, com os melhores propósitos
visitados pela intemperança de uns ou pela malquerença gratuita de outros:
trabalho e paciência.
O
trabalho modifica a conceituação que fazem de nós quando perseveramos
honestamente e a paciência ensina a ver com claridade e a perdoar com
rapidez.
Porque
nossos ideais encontrem barreiras aparentemente intransponíveis: trabalho e
paciência.
O
trabalho nos impõe o jugo do dever e a paciência nos ensina a confiar no
amanhã.
Se
as sementes da nossa boa vontade ainda não medram: trabalho e
paciência.
O
trabalho é mensagem de Deus e a paciência é virtude dos
anjos.
Trabalhemos
em nosso ideal imortalista, indestrutível, confiando na eternidade do tempo e no
espaço da misericórdia de Deus. Sejamos pacientes para que a tentação da fuga
não nos arranque do dever antes do tempo, nem as pedras da dificuldade se ergam
em muralha impeditiva ao nosso avanço na linha direcional da nossa
redenção.
Cada
um de nós está no lugar de trabalho onde pode ser mais feliz e não devemos ter a
presunção de esperar encontrar-nos onde mais nos agrade.
Se
o campo é áspero, trabalhemos a terra, e se ela não nos responde ao carinho de
agricultor, tenhamos paciência até que o adubo da nossa perseverança e o suor do
nosso sacrifício fecundem esse solo, onde a semente do amor do nosso Pai,
transforme toda a gleba numa seara inteira...
Lembrando-nos
Dele, o Divino Pomicultor, que até hoje trabalha pacientemente pela
transformação da Terra e do homem, trabalhemos, com paciência, o nosso pretérito
no nosso presente, a benefício do nosso futuro.
Cairbar
Schutel
(De:
“Sol de Esperança”, de Divaldo P. Franco – Diversos Espíritos)