LIVRO
DA ESPERANÇA
EMMANUEL/FRANCISCO
CANDIDO XAVIER
48-
MOEDA E TRABALHO
“Porque
isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus
servos e entregou-lhes os seus bens.”
Jesus
- Mateus, 25: 14.
“Os
bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado não sendo o homem
senão o usufrutuário o administrador mais ou menos integro e inteligente desses
bens.” Cap. 16; 10.
Se
muitos corações jazem petrificados na Terra, em azinhavre de sovinice, fujamos
de atribuir ao dinheiro semelhantes calamidades.
Condenar
a fortuna pelos desastres da avareza, seria o mesmo que espancar o automóvel
pelos abusos do motorista.
O
fogo é companheiro do homem, desde a aurora da razão, e por que surjam, de vez
em vez, incêndios arrasadores, ninguém reclamará do mundo o disparate de
suprimi-lo.
Os
anestésicos são preciosos auxiliares de socorro à saúde humana, mas se existem
criaturas que fazem deles instrumentos do vicio, ninguém rogará da ciência essa
ou aquela medida que lhes objetive a destruição.
A
moeda, em qualquer forma é agente neutro de trabalho, pedindo instrução que a
dirija. Dirás provavelmente que o dinheiro levantou os precipícios dourados da
vida moderna, onde algumas inteligências, se tresmalharam na loucura ou no
crime, comprando inércia e arrependimento a peso de ouro, contudo é preciso
lembrar as fábricas e instituições beneméritas que ele garante, ofertando
salário digno a milhões de pessoas.
É
possível acredites seja ele o responsável por alguns homens e mulheres de bolsa
opulenta, que espantam o próprio tédio, de país em país, à feição de doentes
ilustres, exibindo extravagâncias na imprensa internacional, entretanto é
forçoso reconhecer os milhões de cientistas e professores, industriais e
obreiros do progresso que a riqueza nobremente administrada sustenta em todas as
direções.
A
Divina Providência suscita amor ao coração do homem e o homem substancializa a
caridade, metamorfoseando o dinheiro em pão que extingue a fome.
A
Eterna Sabedoria inspira educação ao cérebro do homem e o homem ergue a escola,
transfigurando o dinheiro em clarão espiritual que varre as trevas.
Não
censures a moeda que será sempre alimento da evolução.
Reflete
nos benefícios que ela pode trazer. Ainda assim, para que lhe apreendas todo o
valor se queres fazer o bem, não exijas, para isso, o dinheiro que permanece na
contabilidade moral dos outros.
Mobiliza
os recursos que a Infinita Bondade te situa retamente nas mãos e ainda hoje,
nalgum recanto de viela perdida, ao ofertares um caldo reconfortante às mães
infortunadas que o mundo esqueceu, perceberás que o dinheiro, convertido em
cântico fraterno, te fará te ouvir palavra de luz própria em prece jubilosa.
“Deus te ampare e abençoe.”
Doris
Day
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