domingo, 4 de março de 2012

Moeda e Trabalho


LIVRO DA ESPERANÇA

EMMANUEL/FRANCISCO CANDIDO XAVIER

48- MOEDA E TRABALHO
“Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos e entregou-lhes os seus bens.”
Jesus - Mateus, 25: 14.
“Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado não sendo o homem senão o usufrutuário o administrador mais ou menos integro e inteligente desses bens.” Cap. 16; 10.
Se muitos corações jazem petrificados na Terra, em azinhavre de sovinice, fujamos de atribuir ao dinheiro semelhantes calamidades.
Condenar a fortuna pelos desastres da avareza, seria o mesmo que espancar o automóvel pelos abusos do motorista.
O fogo é companheiro do homem, desde a aurora da razão, e por que surjam, de vez em vez, incêndios arrasadores, ninguém reclamará do mundo o disparate de suprimi-lo.
Os anestésicos são preciosos auxiliares de socorro à saúde humana, mas se existem criaturas que fazem deles instrumentos do vicio, ninguém rogará da ciência essa ou aquela medida que lhes objetive a destruição.
A moeda, em qualquer forma é agente neutro de trabalho, pedindo instrução que a dirija. Dirás provavelmente que o dinheiro levantou os precipícios dourados da vida moderna, onde algumas inteligências, se tresmalharam na loucura ou no crime, comprando inércia e arrependimento a peso de ouro, contudo é preciso lembrar as fábricas e instituições beneméritas que ele garante, ofertando salário digno a milhões de pessoas.
É possível acredites seja ele o responsável por alguns homens e mulheres de bolsa opulenta, que espantam o próprio tédio, de país em país, à feição de doentes ilustres, exibindo extravagâncias na imprensa internacional, entretanto é forçoso reconhecer os milhões de cientistas e professores, industriais e obreiros do progresso que a riqueza nobremente administrada sustenta em todas as direções.
A Divina Providência suscita amor ao coração do homem e o homem substancializa a caridade, metamorfoseando o dinheiro em pão que extingue a fome.
A Eterna Sabedoria inspira educação ao cérebro do homem e o homem ergue a escola, transfigurando o dinheiro em clarão espiritual que varre as trevas.
Não censures a moeda que será sempre alimento da evolução.
Reflete nos benefícios que ela pode trazer. Ainda assim, para que lhe apreendas todo o valor se queres fazer o bem, não exijas, para isso, o dinheiro que permanece na contabilidade moral dos outros.
Mobiliza os recursos que a Infinita Bondade te situa retamente nas mãos e ainda hoje, nalgum recanto de viela perdida, ao ofertares um caldo reconfortante às mães infortunadas que o mundo esqueceu, perceberás que o dinheiro, convertido em cântico fraterno, te fará te ouvir palavra de luz própria em prece jubilosa. “Deus te ampare e abençoe.”
Doris Day

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