Francisco
Cândido Xavier / Emmanuel
Religião dos
Espíritos
32
O obreiro do Senhor
Reunião pública de
8/5/59
Questão nº 897
Questão nº 897
Cada criatura mora
espiritualmente na seara a que se afeiçoa.
É assim que, se o justo
arrecada prêmios da retidão, o delinqüente, em qualquer parte, recolhe os
frutos do crime.
O obreiro do Senhor, por isso
mesmo, onde surja, é conhecido por traços essenciais.
Não cogita do próprio
interesse.
Não exige cooperação para
fazer o bem.
Não cria problemas.
Não suspeita mal.
Não cobra tributos de
gratidão.
Não arma ciladas.
Não converte o serviço em
fardo insuportável nos ombros do companheiro.
Não transforma a verdade em
lâmina de fogo no peito dos semelhantes.
Não reclama santidade nos
outros, para ser útil.
Não fiscaliza o vintém que
dá.
Não espia os erros do
próximo.
Não promove o exame das
consciências alheias.
Não se cansa de auxiliar.
Não faz greve por notar-se
desatendido.
Não desconhece as suas
fraquezas.
Não cultiva espinheiros de
intolerância.
Não faz coleção de queixas.
Não perde tempo em lutas
desnecessárias.
Não tem a boca untada com
veneno.
Não sente cóleras sagradas.
Não ergue monumentos ao
derrotismo.
Não se impacienta.
Não se exibe.
Não acusa.
Não critica.
Não se ensoberbece.
Entretanto, freqüentemente
aparece na Seara Divina quem condene os outros e iluda a si mesmo, supondo-se
na posse de imaginária dominação.
O obreiro do Senhor, todavia,
encarnado ou desencarnado, em qualquer senda de educação e em qualquer campo
religioso, segue à frente, ajudando e compreendendo, perdoando e servindo, para
cumprir-lhe, em tudo, a sacrossanta Vontade.