LIVRO
DA ESPERANÇA
EMMANUEL/FRANCISCO
CANDIDO XAVIER
46-
DINHEIRO, O SERVIDOR
“Disse-lhes
o Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel sobre muito te
colocarei.”
Jesus
- Mateus, 25: 23.
“A
pobreza é para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza
é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.” - Cap. 16;
8.
O
dinheiro é semelhante a alavanca suscetível de ser manejada para o bem ou para o
mal.
Acorrentado
ao poste da avareza, produz o azinhavre da sovinice, contudo, sob a inspiração
do trabalho, é o lidador fiel que assegura os frutos do milharal e as paredes da
escola, a cantiga do malho e a força da usina.
Atrelado
ao carro do orgulho, é o estimulante do erro, mas, na luz da fraternidade, é o
obreiro da renovação incessante, enriquecendo o solo e construindo a cidade,
desdobrando os fios do atendimento e garantindo os valores da educação.
Aferrolhado
no cofre da ambição desvairada, é o inimigo da evolução, todavia, endereçado à
cultura, é o agente do progresso, auxiliando o homem a solucionar os enigmas da
enfermidade e a resolver os problemas da fome, a compreender os mecanismos da
natureza e a inflamar o esplendor da civilização que analisa a terra e vasculha
o firmamento.
Detido
na sombra do egoísmo, é o veneno que promove a secura do sentimento, no entanto,
confiado à caridade, é o amigo prestimoso que desabotoa rosas de alegria no
espinheiral da provação, alimentando pequeninos desamparados e sustentando mães
esquecidas, levantando almas abatidas que o Infortúnio alanceia e Iluminando
lares desditosos que a necessidade escurece.
Dinheiro!
Repara o dinheiro!
Dizem
que ele é o responsável pelo transeunte que a embriaguez atira à calçada, pelo
delinqüente escondido nas aventuras da noite, pelo irmão infeliz que anestesiou
a consciência na cocaína e pela mão insensível que matou a criancinha no
claustro materno, entretanto, por trás da garrafa e da arma delituosa, tanto
quanto na retaguarda do entorpecente e do aborto, permanece a Inteligência
humana, que escraviza a moeda à criminalidade e à loucura.
Contempla
o dinheiro, pensando no suor e no sangue, na vigília e na aflição de todos
aqueles que choraram e sofreram para ganhá-lo e vê-lo-ás por servidor da
felicidade e do aprimoramento do mundo, a rogar em silêncio para que lhe ensines
a realizar o bem que lhe cabe fazer.
Doris
Day
Visitem o Blog
Visitem o Blog