CORAGEM
E FÉ
Muitos
companheiros na Terra evidenciam coragem nas horas de
heroísmo.
O homem que
enfrentou um animal selvagem, colocando-lhe um
freio.
Outro que
conquistou o campeonato de mergulho em águas
perigosas.
Outro ainda
que adquiriu o maior destaque na longa corrida de
pedestres.
Todos eles,
pelo devotamento à disciplina, são dignos de respeito.
Um tipo
diferente de coragem, porém, se espera dos seguidores do Cristo: a coragem
da fé.
Aquela de se
calar alguém para que outrem fale mais alto; de sofrer injúrias e
humilhações,
sem deteriorar
a imagem dos próprios adversários e agressores; de acreditar no bem, mesmo
quando a
ignorância e a maldade parecem em triunfo; de aceitar a rotina dos
encargos de
cada dia, nela
encontrando a alegria do trabalho sem aplauso público, e a coragem de
esquecer-se
para que outros recolham as vantagens do serviço que lhe haverá custado
imenso
esforço.
O
heroísmo é, talvez, mais fácil pelo deslumbramento de uma hora, à frente
dos homens.
Entretanto, a
coragem da fé será sempre mais difícil, porque exige humildade e renúncia,
tolerância e
dedicação ao bem do próximo, no desdobramento incessante do
dia-a-dia.
(De “Monte
Acima”, de Francisco Cândido Xavier –
Emmanuel)