sexta-feira, 15 de junho de 2012

Escravos da Palavra


Escravos da Palavra

Voce ja percebeu o quanto nos tornamos escravos da palavra que falamos?

Os pensamentos, enquanto guardados na intimidade da casa mental, são propriedade única e exclusivamente de quem as idealiza.

Porem, o pensamento que se converte em verbo falado, passa a ser de dominio público e deveremos responder pelos reflexos dos mesmos.

A palavra que edifica, enobrece, auxilia, é tesouro que dispen -mos no caminhar.

Porem, o verbo ácido da crítica destrutiva, do comentario ma-

ledicente buscando a desmoralizasão alheia, ou a acusação injusta do julgamento insensato, são dificuldades que amealhamos e das quais teremos que dar conta, uma a uma.

Assim, é atitude de sabedoria vigiarmos as palavras que saem de nossa boca.

Pensar antes de falar é atitude sensata que nos poupa de muitos dissabores.

Para tanto,é imperioso cultivarmos a reflexão e autoanálise do que se passa em nosso mundo íntimo, pois que a boca fala daquilo que está cheio o coração, conforme nos alerta JESUS.

Alguns pesquisadores chegam a afirmar que circulam em nossa casa mental cerca de 95000 idéias ao dia, das quais 85000 são repetitivas, doentias, monotemáticas.

Para que o verbo se faça construtivo, é necessário o exercício da faxina mental, para que da mente possamos exteriorisar aquilo que não nos escravize negativamente.

O exercício do silêncio interior, do isolar-se alguns instantes diariamente do mundo para se encontrar consigo mesmo é fundamental.

Aomergulharmos no silencio de nossa casa mental, vamos conhcendo e entendendo qual o mundo íntimo que carregamos e que, muitas das vezes, ainda se mostra totalmente desconhecido para nós mesmos.

Vigiemos nossas palavras, para que elas sejam úteis, proveitosas e edificantes. Evitemos o comentário maldoso, o julgamento precipitado ou a acusação indevida.

Ainda, preservemos o nosso falar das expressões chulas, das comparaçõesgrotescas ou das piadas vulgares.O Clima emocional e psiquico, com oqual nos envolvemos, é fruto do que pensamos e do que falamos.

Se a mente ainda traz dificuldades, se os pensamentos infelizes ainda tomam nossa casa mental, muitas vezes nos perturbando, façamos o silêncio interior, deixando que lentamente aqules pensamentos cedam espaço para outros, mais nobres e enriquecedores.

Cultivemos o verbo elegante, a palavra de consolo, os temas edificantes para que nossa boca não seja quem nos condene, fazendo-nos escravos daquilo que, de forma invigilante, expressamos com a palavra não refletida.